Tive ocasião de conhecer o hospital dos Irmãos de S. João de Deus graças ao meu confessor, que, como soube mais tarde, era o capelão. Por sugestão dele – embora não estivesse to-talmente convicta –, resolvi confrontar-me, inicialmente como candidata e, mais tarde, como voluntária na associação de voluntariado dos Irmãos de S. João de Deus, em Marysin. Desde o primeiro contato com os doentes, fiquei impressionada porque antes não era uma pessoa particularmente atenta aos problemas dos outros. Todas as preocupações que ocupam a mente da maioria das pessoas saudáveis na sua vida quotidiana (busca de coisas materiais, honras, lazer, etc.) aqui não têm qualquer valor.

Para quem está doente, o menor progresso durante a reabilitação torna-se um grande obje-tivo. Isso não tem preço, não pode ser pago com dinheiro.

Esta nova visão do mundo modificou profundamente a minha vida. Sinto que Deus começou a transformar o meu coração, a minha maneira de pensar.

Tornei-me mais sensível às necessidades dos outros, aos seus problemas, e eu própria aceito a ajuda das outras pessoas de forma diferente.

Estou a ganhar confiança, humildade, paciência, respeito pela diversidade.

Esta é a maior lição de vida que eu poderia receber e um grande dom de Deus.