Chamo-me Paulo. Nasci e passei a infância num bairro pobre. A única vida que eu conhecia era a de um trabalhador agrícola. No entanto, esse ambiente deu também à Igreja muitos religiosos e sacerdotes. Tenho um primo que é membro da Ordem hospitaleira de São João de Deus. Ele contou-me muitas coisas sobre a Ordem, o seu espírito e o seu apostolado. Aprendi que a espiritualidade da Ordem e do seu fundador assenta em ser-se chamado por Deus para ajudar Jesus a realizar o Reino de Deus na vida dos pobres e dos doentes.

Tive uma empatia natural com as pessoas que vivem na miséria e senti profundamente o seu sofrimento. Também por isso, a espiritualidade da Ordem fascinou-me e atraiu-me. Senti um profundo desejo de dedicar a minha vida a ajudar as pessoas que vivem vidas miseráveis e infelizes, sem terem esperança em algo melhor no seu futuro.

Quanto a mim, tendo começado a viver a vida de Irmão, conheci tempos difíceis que me desafiaram e quase me levaram a abandonar a minha vocação. No entanto, graças ao amor e à ajuda de Deus, consegui superar as dificuldades e ultrapassar esses tempos turbulentos. Agora, desejo apenas uma coisa: manter-me sempre fiel à minha vocação hospitaleira e dedicar-me a ajudar a aliviar a dor e o sofrimento das pessoas infelizes.