Recordo-me de um encontro memorável que tive com uma criança especial enquanto andava no Ensino Secundário. Essa criança tinha síndrome de Down e estava acompanhada pela sua mãe enquanto regressava a casa. Naquela época, eu não tinha ideia do que significava ser uma criança especial. Esse encontro foi providencial: transformou-se num convite a continuar os estudos e tirar o mestrado em terapia ocupacional. A memória dessa criança especial agitou algo dentro de mim – um desejo de ser útil às pessoas com deficiência. Terminada a faculdade, decidi trabalhar na área da pediatria, porque eu gosto de lidar com crianças.

Lecionava numa outra instituição quando conheci o Ir. Gérard, que naquele tempo ensinava catecismo. Não me sentia contente com o meu trabalho de então e pedi a demissão. Um amigo meu informou-me que o Ir. Gérard estava à procura de um terapeuta ocupacional para o Centro S. Ricardo Pampuri. Decidi candidatar-me. Conheci o Ir. Fermin e ele convidou-me a trabalhar na escola de S. Rafael que acolhe crianças com necessidades especiais. Fiquei muito feliz e entusiasmada por começar a trabalhar imediatamente, porque havia muitas crianças com necessidades educativas especiais que precisavam de intervenção para melhorar a sua condição atual.

Os esforços dos Irmãos e o desejo de ajudar estas crianças carenciadas são inspiradores. Agradeço a Deus por esta maravilhosa oportunidade de pôr à disposição as minhas competências para O servir através da assistência às crianças especiais do Centro de S. Ricardo Pampuri. Encontrei aqui o meu lugar e a minha realização.