A minha vida de fé foi forjada numa comunidade de jovens que havia na paróquia da minha aldeia: foi lá que me formei como cristão e recebi o sacramento da confirmação. Sentia que Deus me chamava para algo, mas não sabia bem para quê. Um dia, chegou um amigo que nos falou dos Irmãos de S. João de Deus e, sem compreender a razão disso, comecei a interessar-me e informei-me lendo uma revista que lhe tinha dado; depois de a ler, atrevi-me a escrever aos Irmãos, para solicitar mais informações. Pouco tempo depois, recebi uma carta do promotor vocacional, convidando-me a visitá-los.

Depois de alguns encontros com os Irmãos e de verificar que o serviço prestado aos doentes mentais me enchia de satisfação e que a vida dos Irmãos me atraía, decidi entrar na Ordem. Mas isso só aconteceu depois de muita oração ao Senhor, de superar os meus medos e de ter a coragem de deixar o meu trabalho e a minha família.

Passados 30 anos de dedicação ao Senhor, e com os meus altos e baixos, posso dizer com gratidão: “Obrigado, Senhor, pelo dom da Hospitalidade e pela confiança depositada no meu desempenho!” Ele deu-me a disponibilidade e a alegria da entrega no serviço aos necessitados: os doentes, os idosos, as crianças...