Sou o Ir. Martin Quarmby, pertenço à Província da Oceânia e vivo em Sydney, na Austrália. Quando reflito sobre a minha vocação hospitaleira, recuo no tempo mais de 50 anos, o tempo da profissão religiosa. Depois que ter feito a minha primeira profissão de votos estudei enfermagem psiquiátrica – um campo em que encontrei uma grande satisfação.

A vulnerabilidade dos nossos doentes mentais desafiou-me a ser um verdadeiro “irmão” para eles. Deu-me uma satisfação ainda maior ver muitos dos nossos doentes melhorar e voltar a estarem bem à medida que iam recebendo os cuidados psiquiátricos e o tratamento.

Sei que poderia ter tido sucesso como profissional na área da enfermagem psiquiátrica, como leigo, mas encontrei na minha comunidade religiosa o incentivo e o apoio de que precisava no plano pessoal. Descobri que ser “irmão” de alguém é como viajar numa estrada com duas faixas de rodagem! O meu trabalho no campo da psiquiatria também me deu as competências necessárias para trabalhar por algum tempo num centro para toxicodependentes, para aborígenes australianos, quando fui destacado pela minha Província para participar no trabalho de uma equipa, formada por dois homens, num centro de assistência das Irmãzinhas dos Pobres, em Kalgoorlie, na Austrália Ocidental, numa altura em que tinham algumas dificuldades com um centro de toxicodependentes aberto pelo P. Maurice Toop, um missionário carismático. As Irmãs também tinham feito o voto de hospitalidade e foi maravilhoso ver como as nossas duas diferentes maneiras de expressar este carisma se complementavam reciprocamente.