Assembleia dos Superiores Maiores
A
Assembleia dos Superiores Provinciais realizou-se em Roma, de 3 a 7 de setembro
de 2022, após dois anos de interrupção devido à pandemia de Covid-19. Como
sabem, esta assembleia é uma ocasião de partilha, colegialidade e sinodalidade
durante a qual são abordados temas que dizem respeito à Família Hospitaleira de
São João de Deus.
O encontro deste ano, terminados os Capítulos Provinciais,
teve por tema “Líderes da Esperança: Convocados por uma Igreja sinodal,
somos desafiados a aceitar novos desafios sobre como viver a Hospitalidade”,
e os seguintes objetivos:
- Refletir sobre o estilo de
liderança, a fim de promover um compromisso alegre com o carisma da
hospitalidade e acompanhar a vida e o desenvolvimento integral de cada
Irmão tendo em conta o seu estado de vida.
- Reinterpretar o serviço de liderança à luz das
transformações que se verificam atualmente no mundo e na Igreja, assumindo
a diversidade e permitindo o florescimento de novos paradigmas
institucionais e de gestão.
As principais questões abordadas foram as
seguintes:
- Caminho sinodal da Igreja:
características gerais, mística e espiritualidade.
- Liderança de Jesus e
liderança na Igreja sinodal nos dias de hoje.
- Liderança, organização,
gestão, responsabilização, relações e redes sociais.
- Apresentação de algumas características necessárias
para a liderança: capacidade de escuta, diálogo, discernimento.
A metodologia
adotada baseou-se nos seguintes paradigmas: caráter experiencial; participação;
avaliação.
O Superior
Geral, Ir. Jesús Etayo, na homilia sobre o texto evangélico do dia, "O Bom
Samaritano", em feliz coincidência, centrou a sua reflexão sobre a
pergunta dirigida a Jesus pelo doutor da lei: "Mestre, que hei-de fazer para alcançar
a vida eterna? A vida eterna, recordou o Superior Geral, é aquilo que dá
sentido à nossa fé e vocação: sem ressurreição, vã é a nossa fé, como escreveu São
Paulo.
No
discurso de abertura, o Superior Geral considerou que a autoridade e o governo
na vida consagrada devem ser exercidos, a todos os níveis, num estilo sinodal,
com amor fraterno, através do diálogo, confiando uns nos outros, ouvindo os Irmãos,
os Colaboradores, as pessoas que acolhemos e todos aqueles que nos rodeiam.
Devemos caminhar com todos, especialmente com os mais frágeis, e decidir com
eles como lidar com situações de sofrimento. Por vezes, será necessário encorajar
ou corrigir, mas sempre ouvindo e discernindo, mostrando sempre caridade.