Para mim, a hospitalidade é...

Sendo uma mulher que, profissionalmente, trabalha com a câmara de filmar ou fotográfica sempre à mão, observar os outros tornou-se para mim um hábito... e, nalguns casos, também é um oásis de proteção. Quando me encontro com as pessoas, sou eu que faço as perguntas e descrevo como testemunha a atividade da Ordem de S. João de Deus. Muitas vezes, é suficiente ver a romã para “ganhar apetite”: obter mais informações, mas também receber alimento espiritual. Os Irmãos jovens, às vezes, conseguem "servi-la", de forma particularmente apetitosa nos dias da iniciativa “Porta Aberta”. É importante oferecer a nossa mensagem de forma a criar apetite.

Em alguns casos, raros, conseguimos também fazer viver S. João de Deus, como imagem. De repente, por detrás das palavras, as suas ideias assumem forma, assim como a sua obra, a sua vida. E, então, muitas vezes, as palavras tornam-se desnecessárias.

Já pela segunda vez, o meu escritório fica ao lado da unidade de cuidados paliativos. No encontro com os doentes deste setor, que acontecem espontaneamente, sou interpelada, como pessoa e não como jornalista: um aceno de saudação, às vezes uma breve troca de piadas com os doentes que procuram o sol na varanda... e um sorriso como despedida.