Durante os meus anos de formação escolar, uma irmã religiosa influenciou-me muito nas aulas de catecismo. Como resultado, decidi que gostaria de viver uma vida de serviço a Deus e às pessoas. Depois de ter completado os estudos secundários, li um anúncio de jornal sobre os Irmãos “Médicos” de São João de Deus. Isto levou-me a ir passar algum tempo com os Irmãos e, na devida altura, entrei para a Ordem e fiz a minha primeira profissão religiosa. Depois da minha profissão, fui destinado a estudar para o sacerdócio e, oportunamente, fui ordenado sacerdote em Hospitalidade. Prestei então serviço como capelão, no nosso hospital, em Kattappana. Essa experiência fortaleceu muito e confirmou a minha vocação para a hospitalidade.

Foi um grande privilégio cuidar como Irmão hospitaleiro das necessidades humanas e sacramentais das pessoas a viver no sofrimento – os nossos doentes e os seus familiares. Fiz ainda outras experiências de serviço às pessoas que sofrem, inclusivamente no nosso centro para pessoas idosos, crianças e adultos com dificuldades de aprendizagem.

Quando reflito agora sobre uma vocação para a hospitalidade considero que ela é um grande mistério e que precisamos de uma vida inteira para a compreender e experimentar. É um processo gradual de desdobramento da grande benevolência e da providência de um Deus de Amor. Deus chama as pessoas para realizar a sua obra de redenção em cada tempo e lugar, e à sua maneira. O caminho da hospitalidade à maneira de São João de Deus foi o caminho que Deus escolheu para mim.