Teve lugar nos dias 30 e 31 de
abril (5ª e 6ª-feiras), em Roma, uma reunião presencial de representantes de todos
os países da Europa onde a nossa Ordem tem estruturas de Cooperação
Internacional, quer sejam ONG ou Fundações.
Neste encontro contámos com a
participação de um leigo e também de um Irmão da Ordem que tem uma longa
experiência de trabalho em África e de Diretor da ONGD Juan Ciudad.
O encontro teve por objetivo abordar
formas de enfrentar o futuro da cooperação internacional a nível dos nossos
centros que são beneficiários de ajuda nos diferentes continentes.
Na quinta-feira de manhã, a nossa
relatora foi a senhora Marta Pedrajas, licenciada em Filosofia e Ciências
Económicas, Mestra em Doutrina Social da Igreja e que foi investigadora na
Universidade de Harvard com o Prof. Anartya Sen, Prémio Nobel da Economia em
1998; além disso, trabalhou também durante cinco anos em Nova Iorque, no
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Em Espanha, além de membro
consultivo da Secretaria Geral de Cooperação Internacional para o
Desenvolvimento, junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, foi responsável
pelo Plano Diretor para a Cooperação. Atualmente, trabalha no Vaticano como
investigadora no Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral.
Na sua intervenção, fez primeiro uma
apresentação sobre como se deve entender e que opções são possíveis
relativamente ao futuro da cooperação. A
seguir, houve um espaço de debate durante o qual foi destacado o valor da
cooperação e do desenvolvimento humano e encorajada a promoção de uma aliança
que nos permita caminhar juntos na missão de promoção do Desenvolvimento Humano
Integral.
De tarde, participou nos
trabalhos o Ir. José Maria Viadero, que trabalhou durante muitos anos no Gana e
na Libéria. Depois de regressar a Espanha, foi nomeado Diretor da ONGD Juan
Ciudad, à qual continua atualmente ainda muito ligado.
Ao longo da sua vasta
experiência, vendo e vivendo a Cooperação do continente africano e, mais tarde,
como responsável pela ONGD Juan Ciudad, em Madrid, conheceu diretamente e
coube-lhe responder às necessidades que lhe chegavam dos diferentes continentes,
confrontando-se ao mesmo tempo com os escassos recursos disponíveis para tantas
necessidades, o que o fez elaborar uma visão muito diferente. Agora, um pouco
mais afastado dessas realidades e observando como evolui a realidade, veio
dizer-nos que a Cooperação ainda continua a ser hoje muito necessária, mas tudo
tem uma evolução: agora, afirmou, é necessário ter muito mais preparação para angariar
recursos económicos e ajuda, pelo que tem de haver mais formação profissional,
clarividência e responsabilidade, de ambos os lados.
Foi também aberto um diálogo
muito franco, durante o qual cada um pôde manifestar o seu ponto de vista, mas sentindo
o dever de encontrar formas para encarar o futuro da cooperação e da
solidariedade com os nossos centros: enfrentar os possíveis desafios, avaliar
tudo o que realizamos e analisar o que não é sustentável, mas talvez seja necessário.
A parte restante do tempo foi
dedicado a informar os participantes representantes das ONG e fundações.